sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Túmulo do Anjinho

Localizado no corredor do jazigo da família de Getúlio Vargas e de João Goulart, na Quadra 1 à direita de quem entra no cemitério Jardim da Paz, o Túmulo do Anjinho é tido como um importante ponto de turismo religioso de São Borja.
Guardião de mistérios, o que se sabe ao certo é que o túmulo abriga os restos mortais de um recém nascido, sepultado ás escondidas e sem identificação.
Na campa só data o ano: 1922, nem dia, nem mês. Medindo um metro e meio, a sepultura não tem cruz nem dono, apenas a imagem de um anjinho esculpido em gesso e com traços da arte barroca.
Ninguém nunca afirmou ter testemunhado a construção do túmulo nem o enterro da criança. A crença popular diz que apareceu da noite para o dia e sem registro algum. Em torno disso foi registrada pelo menos duas versões sobre o túmulo.
A primeira, e mais tradicional, é de que a criança ali enterrada pertencia a uma família influente e socialmente conhecida em São Borja. A gravidez era indesejada, e ao nascer o avô paterno da criança teria matado o neto, pois ele não era fruto de um casamento convencional. O avô já teria o túmulo pronto e esperava a criança nascer para sacrificá-la e enterrá-la no meio da noite, sem que ninguém percebesse, por isso a falta de nome e data completa.



A outra versão é de que desconhecidos teriam encontrado um recém-nascido no lixo e, compadecidos, fizeram um túmulo para enterrar a criança, para não serem acusados, ninguém viu o sepultamento e assim não há identificação.
Pertencente ao folclore samborjense, desde os anos 20, o túmulo passou a ser local de devoção. Nunca falta chupetas, mamadeiras, roupas infantis e brinquedos trazidos por mães que pedem e agradecem ao “Anjinho” pela saúde e proteção dos filhos.
A visitação ao Túmulo pode ser feita todos os dias da semana, inclusive feriados, das 8 horas as 12 horas e a tarde das 14 horas as 18 horas.
Veja mais fotos aqui.


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